A carruagem de batalha de Tutankhamon

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis, Luxor – Egito. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Esta é uma das carruagens que pertenceram ao rei Tutankhamon. Tal veículo foi introduzido no Egito Antigo, bem como os cavalos, durante o Segundo Período Intermediário (1640-1550 a.C.) durante a invasão dos Heqa Khasut ou Hicsos (povos estrangeiros). Alguns desses carros podiam ser usados em batalhas, caçadas ou em funções ou cerimônias oficiais. A carruagem em nosso acervo é cerimonial. Produzida em madeira e folheada a ouro, ela possui uma decoração espiralada, o que demonstra as trocas culturais entre os povos com origem na Ásia Menor e motivos egípcios antigos. Na imagem central da carruagem, podemos identificar a figura de Rá-Horakhty, o deus sol em formato de falcão com suas asas abertas. Abaixo dele há três cartuchos protegidos pelas deusas Nekhbet e Wadjet, do Alto e do Baixo Egito, em formato de serpentes pelas laterais. Dentro desses cartuchos podemos identificar os nomes de nascimento e de trono do rei, Tutankhamon Nebkheperura, e o nome da rainha, Ankhsenamon. Abaixo dos cartuchos, encontramos dois pássaros sobre um cesto. O pássaro quer dizer “povo comum” e o cesto a palavra “todo”. Entre eles, temos os hieróglifos ankh (vida) e djet (estabilidade) também acima do hieróglifo do cesto. Os pássaros “possuem” braços estilizados que estão em posição de oferenda. Dessa forma, podemos compreender a imagem da seguinte forma “Todo o povo comum oferece toda a vida e estabilidade”. Na cena inferior, o hieróglifo Sema Tawy que representa a “união entre as Duas Terras” do Alto e do Baixo Egito, a qual o rei governa, aprisiona os inimigos dos egípcios, como núbios, líbios e asiáticos. Ao total, foram localizadas seis carruagens desmontadas, porém completas, na tumba de Tutankhamon e distribuídas entre a antecâmara e a sala do tesouro.

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Estela do asiático bebendo cerveja

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1353 a.C a 1335 a.C Proveniência: Tell el-Amarna – Egito. O original encontra-se no Museu Egípcio de Berlim – Berlim – Alemanha. Produzida em calcário com o tamanho 29 x 23 cm, a estela representa o casal de sírios composto pelo soldado Terura e pela esposa Arbura. A cena reproduzida é doméstica e cotidiana, típica da época da reforma amarniana. Diferente de outras estelas, o artefato não é de uso funerário, pois teria um local específico no ambiente da casa de seus proprietários. Terura pode ser observado sentado em uma cadeira, ingerindo uma bebida através de um canudo feito de chumbo, comum na região do Egito e da Ásia Menor. Nos hieróglifos encontramos a frase “beber cerveja”, porém, o tipo de vaso representado era destinado a vinhos – com suporte alto e decoração floral. As vestes e armamentos de Terura demonstram sua origem síria e função (soldado). Mercenários sírios foram incorporados às forças egípcias em grande quantidade durante o período, o que indica o motivo de Terura servir ao país do Nilo. Quanto à Arbura, foi retratada como uma dama egípcia, igualmente sentada. Apesar disso, seu nome identifica sua origem síria. O casal é um exemplo de como estrangeiros poderiam ser aceitos na sociedade egípcia e, inclusive, passar pelo processo da egipcianização, aderindo aos costumes locais (um egípcio também poderia ser integrado em sociedades estrangeiras, como ocorre na obra literária “O conto de Sanehet”). Há uma terceira personagem na estela, possivelmente um mordomo, que serve e auxilia Terura a consumir a bebida armazenada no vaso.

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Estátua de Tutankhamon – O rei como arpoador

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Esta estátua demonstra Tutankhamon em pé sobre uma jangada de papiro. Ele utiliza a coroa vermelha do Baixo Egito e sua pose o demonstra erguendo o seu braço direito, prestes a atacar com um arpão, e o esquerdo segurando um pedaço de corda. Dessa forma, esta pose é chamada de canônica, pois sempre aparece na arte egípcia, principalmente em pinturas e relevos – aqui podemos observar em forma de estátua. Ela faz alusão a caça ou dominação ao inimigo, onde o rei assume a forma do deus Hórus que luta contra Set (no formato de um hipopótamo) ou, ainda, combatendo as forças caóticas e da destruição no Outro Mundo.

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Máscara de Anúbis

Proveniência: desconhecido. Período: Terceiro Período Intermediário – XXI Dinastia – 1070-712 a.C. O original encontra-se no Museu do Louvre – Paris – França. Anúbis, o deus da mumificação e da proteção das tumbas, aparece nas imagens dos sepulcros e nos objetos funerários na forma de um chacal deitado ou como homem com cabeça de chacal. A máscara confeccionada em madeira estucada e policromada, possui decoração com flor de lótus e detalhes, como os dentes canídeos, para representar a face de Anúbis. Durante as cerimônias ligadas à mumificação, como a Abertura da Boca e dos Olhos, era importante que houvesse um sacerdote que utilizasse a máscara a fim de simular a presença do deus no local.

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Amuleto de divindade feminina

Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Os egípcios acreditavam em pequenos objetos decorativos com qualidades mágicas e protetoras. Assim, joias poderiam ser usadas como amuletos e frequentemente apresentavam uma infinidade de formas, como deuses, animais ou hieróglifos. Feitos em folhas finas de ouro, com detalhes esculpidos nas superfícies, eles ficavam pendurados por fios e linho em volta do pescoço e inseridos em bandagens externas. Este amuleto demonstra uma divindade com corpo de serpente, cabeça humana e asas. Como não possui um nome que possa identificá-la de forma específica, pode se tratar de Weret-Hekaw (A grande da magia) ou de Meretseger (A protetora da necrópole de Tebas). Weret-Hekaw quer dizer “grande da magia” ou “grande do encanto”. Este nome é conhecido desde o Reino Antigo, quando no Texto das Pirâmides era associado à deusa Uraeus, deusa do Baixo Egito e com a coroa do local, sendo uma manifestação dela. Na tumba de Tutankhamon, Weret-Hekaw foi mencionada diversas vezes, incluindo o momento em que amamenta o rei, um papel também mencionado desde o Texto das Pirâmides. Meretseger é a deusa da montanha piramidal que representa o coração do Vale dos Reis. Meretseger era a protetora de toda a necrópole tebana. Seu nome comum era “Aquela que ama o silêncio”, que indica sua posição de solidão na região desértica habitada apenas pelos mortos e, de maneira temporária, pelos vivos que trabalhavam nas construções das tumbas. O culto da deusa se difundiu durante o Reino Novo e muitas estelas foram dedicadas à divindade pelos trabalhadores da cidade funerária de Deir el-Medina. O artefato-réplica está na exposição “O rei menino de ouro: Tutankhamon” no 2º piso.

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Estatueta de Hipopótamo

Proveniência: Tumba do mordomo Senbi II – Meir – Egito Período: Reino Médio – XII Dinastia – c. 1991-1783 a.C. O original encontra-se no Museu Metropolitano de Arte de Nova York. Sendo um objeto votivo, os egípcios entendiam o hipopótamo como um animal perigoso, que poderia atacar pequenas embarcações ou qualquer tipo de trabalho próximo as regiões das águas do Nilo. Devido a isso, esse animal era tido como uma força da natureza que precisava ser controlada, tanto nesta vida quanto na outra. Como esta estatueta foi colocada no ambiente funerário, junto com outra do mesmo animal, três de suas quatro patas foram danificadas a fim de se garantir magicamente que o animal não atacasse o corpo do falecido que estava guardado na tumba. A estatueta é feita em faiança azul, uma tipo de material cerâmico ou vítreo de alta qualidade. A decoração no corpo do hipopótamo demonstra flores de lótus que foram aplicadas na cor preta. Algumas já desabrocharam e outras não, conforme era o ambiente natural do hipopótamo. FOTO do post: Arthur/AMORC

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Estatueta do deus Rá

Período: Saíta – XXVI Dinastia – 664-525 a.C. O original encontra-se no Museu do Louvre – Paris – França. Rá era a divindade ligada ao Sol e a todos os poderes benéficos que ele trazia. Os egípcios acreditavam que este deus, segundo a crença da região de Heliópolis, seria responsável pela criação do mundo e de todas as coisas que existiam. Desde meados da IV Dinastia, os governantes mantinham uma relação especial com Rá, pois dos cinco nomes que recebiam, do protocolo real, um deles era o de Sa Ra (Filho de Rá). Os egípcios assim imaginavam que os reis eram descendentes das próprias divindades que criaram o mundo. Nesta pequena imagem vemos a representação mais comum de Rá, ou seja, um homem com cabeça de falcão que carrega um disco solar sobre a cabeça. Porém, ele carrega uma pluma de avestruz, que o conecta à deusa Maat, deusa da justiça, ordem e verdade. Na mitologia, Maat era filha de Rá, pois para criar o mundo, ele criou primeiro a Ordem das coisas, Maat.

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Estatueta do touro Ápis

Proveniência: Desconhecida Período: Período Tardio – 552-302 a.C. O original encontra-se no Museu Britânico – Londres – Grã-Bretanha. Diversos animais faziam parte da vida religiosa no Antigo Egito. Ápis, o boi sagrado, é um dos mais conhecidos. Para os egípcios, esse animal era ligado à manifestação do deus Ptah na Terra e, quando morria, era embalsamado para que pudesse reviver na eternidade. Sua principal cidade de culto era a Mênfis. Esta estatueta de bronze era utilizada para oferendas, servindo como uma expressão de devoção do povo egípcio ao deus, onde esperavam que este os protegesse e lhes garantisse prosperidade. A estatueta, considerada mágica, possui um disco solar e a serpente uraeus, deusa do Baixo Egito, para simbolizar a divinização do animal. Em seu corpo, observamos os relevos de um escaravelho alado e um abutre alado que representam, respectivamente, o Sol nascente e a deusa do Alto Egito, Nekhbet. Esculturas como esta eram depositadas no túmulo dedicado ao boi Ápis, no Serappeum. As inscrições hieroglíficas na base falam de um homem chamado Padiese, filho de Horenpe, com uma oração ao deus Ápis, que demonstram o uso votivo da estátua. O artefato original foi adquirido pelo Museu Britânico no ano de 1902 através de um negociante egípcio chamado Naaman.

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Jarro em forma do deus Bes

Proveniência: Desconhecida; Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C.; O original encontra-se no Museu Egípcio – Berlim – Alemanha. O deus Bes era representado como um anão de pernas tortas, face grotesca, orelhas felinas, crina de leão e com a língua à mostra. Sobre a cabeça porta uma coroa de flor de lótus. Esta divindade era associada à proteção das moradias e dos nascimentos, afastando o mal. A ideia é que a feiura era sua arma especial, que espantava os espíritos malignos. Por essas características foi uma divindade bastante popular no Egito Antigo. A proveniência deste vaso de cerâmica é incerta, mas as cores são semelhantes aos pigmentos utilizados em centros residenciais da XVIII Dinastia. Assim, o vaso pode ter pertencido tanto ao complexo do palácio do faraó Amenhotep III, em Malqata, quanto de Tell el-Amarna.

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O deus Ptah da coleção de Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1333-1323 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Encontrado na forma de múmia, esta estátua estava guardada na sala do tesouro da tumba de seu proprietário. No ato de sua descoberta, ela estava com uma grinalda e um tecido de linho em volta de seus ombros. Ptah é o deus padroeiro de Mênfis, cuja mitologia o estabelecia como o criador do universo e que gerou a si mesmo. Na estátua, podemos observar em sua cabeça uma espécie de proteção que foi elaborada em vidro azul cobalto e o cetro de bronze que foram os símbolos hieroglíficos ankh (vida), was (poder) e djed (estabilidade).

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