Deusa Mehet-Weret da tumba de Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C A original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Esta cabeça de vaca foi confeccionada em madeira estucada e revestida com folha de ouro. Os chifres são de bronze e a base, bem como uma parte do pescoço, foram pintados com resina negra. Os olhos são incrustações de lápis-lazúli. A vaca representa uma deusa chamada Mehet-Weret, cujo nome podemos traduzir como “a grande inundação”, e pode ser considerada uma característica da deusa Hathor. Os egípcios acreditavam que esta deusa-vaca surgia da montanha Ocidental, onde se localizavam as necrópoles, para receber e acolher os mortos que partiam rumo ao outro mundo. A deusa também é representada no Livro funerário da “Vaca Celestial”, cujo exemplar está em um dos sarcófagos santuários de Tutankhamon e que conta a subida do deus Sol Rá para o céu, após a revolta e destruição da humanidade.

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Papiros Satíricos

Período: Reino Novo – XIX Dinastia – 1307-1196 a.C. Proveniência: Tumba da princesa Mereret – Dashur – Egito. Os originais encontram-se no Museu Egípcio – Turim – Itália; e Museu Nacional Egípcio – Cairo – Egito; Estes papiros fazem parte de ilustrações de contos e fábulas ou provérbios. Através deles, temos contato com o senso de humor dos antigos egípcios, onde animais passavam a ter papéis humanos. Percebemos que os papiros trazem paródias repletas de críticas a sociedade da época. Dois inimigos, o leão e a cabra, jogam de maneira muito amigável o jogo de tabuleiro “Senet”; um chacal toca flauta dupla enquanto pastoreia cabras; e um gato acompanha educadamente alguns patos. Dois gatos servem a uma ratazana que nobremente usa uma peruca e vestes de linho; enquanto outros gatos carregam seu filho e a abanam; além disso, raposas transportam cântaros e fazem libações. Vale lembrar que os egípcios antigos eram um povo que estava sempre em transformação e evolução. Críticas sociais começaram a ser elaboradas ainda na época do Primeiro Período Intermediário e Reino Médio, cerca de 500 anos antes da elaboração destes artefatos, momento em que surgiu a literatura egípcia antiga.

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Detalhe da cama de Tutankhamon no formato do deus Bes

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Bes era um deus anão, que possuía uma coroa de plumas e uma barba que circulava o rosto em forma de juba de leão e conectada pelas orelhas deste animal. A língua que se projeta para fora de sua boca demonstra agressividade e ao mesmo tempo uma brincadeira. A divindade geralmente é representada usando, além da coroa de plumas, um saiote de pele de pantera com uma cauda de leão. O motivo é mais sírio do que egípcio, demonstrando parte de suas origens. Bes era o protetor dos nascimentos em conjunto com Taueret. Se uma mulher estivesse com dificuldades no momento do parto, uma magia invocando Bes deveria ser recitada quatro vezes sobre um pequeno tijolo de argila colocado na coroa da cabeça da mulher em trabalho de parto. Além disso, Bes foi representado nas cenas de nascimento divino de reis, como Hatshepsut e Amenhotep III, respectivamente nos templos de Deir el-Bahari e Luxor. Já na época ptolomaica e romana, os “mammisi” (Casas de Nascimento) se tornaram parte efetiva dos templos maiores e a imagem de Bes serviu para decorar tais ambientes, com função mágico-religiosa de proteção ao nascimento. Porém, muito tempo antes dos Mammisi, Bes já era representado como parte de elementos decorativos de camas ou outros objetos, como é o caso deste detalhe da cama de Tutankhamon.

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Estandarte com o deus Gemehsu

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Egito. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. O estandarte possui na sua parte superior a estátua da divindade Gemehsu. Foi produzida em madeira, gesso e decorada com folha a ouro e pintura azul. Este deus, assim como diversos outros, deveria percorrer o caminho até o Outro Mundo junto com a alma do rei a fim de protegê-lo dos perigos dessa jornada, relatada nos chamados “Livros do Outro Mundo”. A obra em si é uma das 28 estátuas que foram depositadas na tumba, sendo enroladas em tecido e armazenadas em caixas com formato de santuário, conhecidas como tabernáculos.

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Estatueta do faraó Tothmés III

Proveniência: Deir el-Medina – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. O original encontra-se no Museu Nacional Egípcio – Cairo – Egito. Esta estatueta foi produzida em mármore e representa o faraó Tothmés III ajoelhado e realizando oferendas com dois vasos chamados Nw para os deuses. Isso demonstra a sua função como intermediário entre homens e deuses, ao mesmo tempo em que era divino. Assim, o rei é aquele que mantém Maat, ou seja, a Ordem cósmica (a forma ideal de como as coisas deveriam funcionar). Uma das práticas para se manter Maat era a realização de oferendas com vasos contendo alimentos e bebidas aos deuses – como esta escultura demonstra. Dessa forma, o mundo permanecia em equilíbrio e o caos era afastado.

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Parede Sul da tumba de Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. O original encontra-se na tumba de Tutankhamon. Esta é uma das cenas pertencentes ao faraó Tutankhamon e decora a face sul de sua tumba. As pinturas funerárias não eram colocadas ao acaso e eram escolhidas a fim de estabelecer uma espécie de mapa ou instrução para que o morto pudesse chegar até o Outro Mundo. A pintura em si demonstra Tutankhamon na companhia de duas divindades, Anúbis e Amentet, a manifestação de Hathor em seu papel de deusa do Oeste. Anúbis é o deus da mumificação e é ele quem acompanha e apoia Tutankhamon no final de sua jornada até o Outro Mundo e ali o deus apresenta o rei, agora renascido, para Amentet. O Oeste é o Outro Mundo e este é o local para onde os deuses e mortos deveriam ir. Amentet oferece a Tutankhamon o símbolo Ankh (vida) que é colocado diretamente em suas narinas e boca na interpretação de que o alimento e a respiração passavam por estas áreas – estabelecendo que a pessoa vivia novamente. Os hieróglifos acima das personagens trazem os nomes e título de Amentet (Hathor), Tutankhamon em seu nome de trono e os de Anúbis. A cor amarelada da parede, assim como as demais, demonstra o aspecto divino do Outro Mundo, sendo conectado ao dourado, cor que representa o sangue dos deuses.

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Estatueta do deus Anúbis

Proveniência: Desconhecida. Período: Ptolomaico – 332 – 31 a.C. O original encontra-se no Museu Roemer Pelizaeus – Hildesheim – Alemanha. Anúbis era uma das mais importantes divindades funerárias e os egípcios consideravam-no protetor das sepulturas e patrono da mumificação. As primeiras menções à Anúbis são datadas da 1ª Dinastia (2920-2770 a.C.) e continuaram até o período romano (30-395 d.C.). O nome “Anúbis” é de origem grega. Nos hieróglifos, quando traduzidos, percebe-se o nome original “Inpw”. As imagens o mostram como um homem com cabeça de chacal, animal que lhe era consagrado. Poderia aparecer também como um chacal completo deitado sobre um templo, o que representava um de seus títulos “Anúbis que está sobre a montanha” (os templos egípcios representavam as montanhas no horizonte). Nesta obra, Anúbis aparece sobre um pedestal que reproduz formas da fachada de um palácio ou templo, demonstrando que ele está em seu santuário.

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Khopesh de Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – Vale dos Reis – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550- 1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Do egípcio antigo, a palavra khopesh pode ser derivada da palavra “perna” por conta de sua forma. A lâmina era afiada apenas na porção externa, ou seja, no final curvo. Durante o Reino Novo, as armas tiveram sua matéria prima modificada do bronze para o ouro. Nas representações com faraós, a arma foi demonstrada pela primeira vez com o faraó Tothmés III, que substituiu a maça de guerra pelo Khopesh nos relevos canônicos de conquista do inimigo. A presente arma pertenceu ao faraó Tutankhamon e foi encontrada em sua tumba com aspecto oxidado, o que dá essa aparência de verde-escuro.

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