Amuleto de divindade feminina

Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Os egípcios acreditavam em pequenos objetos decorativos com qualidades mágicas e protetoras. Assim, joias poderiam ser usadas como amuletos e frequentemente apresentavam uma infinidade de formas, como deuses, animais ou hieróglifos. Feitos em folhas finas de ouro, com detalhes esculpidos nas superfícies, eles ficavam pendurados por fios e linho em volta do pescoço e inseridos em bandagens externas. Este amuleto demonstra uma divindade com corpo de serpente, cabeça humana e asas. Como não possui um nome que possa identificá-la de forma específica, pode se tratar de Weret-Hekaw (A grande da magia) ou de Meretseger (A protetora da necrópole de Tebas). Weret-Hekaw quer dizer “grande da magia” ou “grande do encanto”. Este nome é conhecido desde o Reino Antigo, quando no Texto das Pirâmides era associado à deusa Uraeus, deusa do Baixo Egito e com a coroa do local, sendo uma manifestação dela. Na tumba de Tutankhamon, Weret-Hekaw foi mencionada diversas vezes, incluindo o momento em que amamenta o rei, um papel também mencionado desde o Texto das Pirâmides. Meretseger é a deusa da montanha piramidal que representa o coração do Vale dos Reis. Meretseger era a protetora de toda a necrópole tebana. Seu nome comum era “Aquela que ama o silêncio”, que indica sua posição de solidão na região desértica habitada apenas pelos mortos e, de maneira temporária, pelos vivos que trabalhavam nas construções das tumbas. O culto da deusa se difundiu durante o Reino Novo e muitas estelas foram dedicadas à divindade pelos trabalhadores da cidade funerária de Deir el-Medina. O artefato-réplica está na exposição “O rei menino de ouro: Tutankhamon” no 2º piso.

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Estatueta de Hipopótamo

Proveniência: Tumba do mordomo Senbi II – Meir – Egito Período: Reino Médio – XII Dinastia – c. 1991-1783 a.C. O original encontra-se no Museu Metropolitano de Arte de Nova York. Sendo um objeto votivo, os egípcios entendiam o hipopótamo como um animal perigoso, que poderia atacar pequenas embarcações ou qualquer tipo de trabalho próximo as regiões das águas do Nilo. Devido a isso, esse animal era tido como uma força da natureza que precisava ser controlada, tanto nesta vida quanto na outra. Como esta estatueta foi colocada no ambiente funerário, junto com outra do mesmo animal, três de suas quatro patas foram danificadas a fim de se garantir magicamente que o animal não atacasse o corpo do falecido que estava guardado na tumba. A estatueta é feita em faiança azul, uma tipo de material cerâmico ou vítreo de alta qualidade. A decoração no corpo do hipopótamo demonstra flores de lótus que foram aplicadas na cor preta. Algumas já desabrocharam e outras não, conforme era o ambiente natural do hipopótamo. FOTO do post: Arthur/AMORC

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Estatueta do deus Rá

Período: Saíta – XXVI Dinastia – 664-525 a.C. O original encontra-se no Museu do Louvre – Paris – França. Rá era a divindade ligada ao Sol e a todos os poderes benéficos que ele trazia. Os egípcios acreditavam que este deus, segundo a crença da região de Heliópolis, seria responsável pela criação do mundo e de todas as coisas que existiam. Desde meados da IV Dinastia, os governantes mantinham uma relação especial com Rá, pois dos cinco nomes que recebiam, do protocolo real, um deles era o de Sa Ra (Filho de Rá). Os egípcios assim imaginavam que os reis eram descendentes das próprias divindades que criaram o mundo. Nesta pequena imagem vemos a representação mais comum de Rá, ou seja, um homem com cabeça de falcão que carrega um disco solar sobre a cabeça. Porém, ele carrega uma pluma de avestruz, que o conecta à deusa Maat, deusa da justiça, ordem e verdade. Na mitologia, Maat era filha de Rá, pois para criar o mundo, ele criou primeiro a Ordem das coisas, Maat.

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Estatueta do touro Ápis

Proveniência: Desconhecida Período: Período Tardio – 552-302 a.C. O original encontra-se no Museu Britânico – Londres – Grã-Bretanha. Diversos animais faziam parte da vida religiosa no Antigo Egito. Ápis, o boi sagrado, é um dos mais conhecidos. Para os egípcios, esse animal era ligado à manifestação do deus Ptah na Terra e, quando morria, era embalsamado para que pudesse reviver na eternidade. Sua principal cidade de culto era a Mênfis. Esta estatueta de bronze era utilizada para oferendas, servindo como uma expressão de devoção do povo egípcio ao deus, onde esperavam que este os protegesse e lhes garantisse prosperidade. A estatueta, considerada mágica, possui um disco solar e a serpente uraeus, deusa do Baixo Egito, para simbolizar a divinização do animal. Em seu corpo, observamos os relevos de um escaravelho alado e um abutre alado que representam, respectivamente, o Sol nascente e a deusa do Alto Egito, Nekhbet. Esculturas como esta eram depositadas no túmulo dedicado ao boi Ápis, no Serappeum. As inscrições hieroglíficas na base falam de um homem chamado Padiese, filho de Horenpe, com uma oração ao deus Ápis, que demonstram o uso votivo da estátua. O artefato original foi adquirido pelo Museu Britânico no ano de 1902 através de um negociante egípcio chamado Naaman.

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Jarro em forma do deus Bes

Proveniência: Desconhecida; Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C.; O original encontra-se no Museu Egípcio – Berlim – Alemanha. O deus Bes era representado como um anão de pernas tortas, face grotesca, orelhas felinas, crina de leão e com a língua à mostra. Sobre a cabeça porta uma coroa de flor de lótus. Esta divindade era associada à proteção das moradias e dos nascimentos, afastando o mal. A ideia é que a feiura era sua arma especial, que espantava os espíritos malignos. Por essas características foi uma divindade bastante popular no Egito Antigo. A proveniência deste vaso de cerâmica é incerta, mas as cores são semelhantes aos pigmentos utilizados em centros residenciais da XVIII Dinastia. Assim, o vaso pode ter pertencido tanto ao complexo do palácio do faraó Amenhotep III, em Malqata, quanto de Tell el-Amarna.

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O deus Ptah da coleção de Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1333-1323 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Encontrado na forma de múmia, esta estátua estava guardada na sala do tesouro da tumba de seu proprietário. No ato de sua descoberta, ela estava com uma grinalda e um tecido de linho em volta de seus ombros. Ptah é o deus padroeiro de Mênfis, cuja mitologia o estabelecia como o criador do universo e que gerou a si mesmo. Na estátua, podemos observar em sua cabeça uma espécie de proteção que foi elaborada em vidro azul cobalto e o cetro de bronze que foram os símbolos hieroglíficos ankh (vida), was (poder) e djed (estabilidade).

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Máscara do Faraó Psuseness

Proveniência: Tânis – Egito Período: Terceiro Período Intermediário – XXI Dinastia – 1070-945 a.C. O original encontra-se no Museu Nacional Egípcio – Cairo – Egito. Tânis, uma cidade no Delta do Nilo, foi capital do Egito durante a XXI Dinastia. Nessa localidade, em 1939, o arqueólogo Pierre Montet encontrou um conjunto de tumbas reais, várias delas intactas, inclusive a deste faraó. Dentre os muitos objetos encontrados, estava esta máscara em ouro e lápis-lázuli. O faraó encontra-se representado com a coroa Nemes, uma espécie de toucado, tendo em sua fronte a serpente Uraeus, símbolo do poder real.

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Estátua do faraó Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1333-1323 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Na época da descoberta da tumba de Tutankhamon, em 1922, o arqueólogo Howard Carter sugeriu que esta peça fosse uma espécie de manequim, onde o rei guardava seus adornos e vestimentas. Atualmente, o presente objeto é interpretado como um tipo especial de imagem destinada ao culto funerário. Assim, é provável que esta estátua tenha sido utilizada na cerimônia de “abertura da boca”, cujo objetivo era devolver ao morto, no caso o faraó, todas as funções vitais para que pudesse renascer no outro mundo.

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Cinto com amuletos em forma de peixes

Proveniência: Tebas Ocidental – Luxor – Egito Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – Reinado de Tothmés III – 1483-1450 a.C. O original encontra-se no Museu Metropolitano de Arte – Nova York – EUA. Este cinto foi folhado a ouro e produzido com contas de um material avermelhado chamado de cornalina. Encontrado na tumba das esposas do faraó Tothmés III, simboliza a proteção contra afogamentos. O peixe como amuleto ou elemento decorativo é atestado na literatura egípcia antiga que chegou até nós através do Papiro Westcar, descoberto entre 1823 e 1824 por Henry Westcar. O Papiro Westcar possui cinco histórias. Porém, é na terceira história que o amuleto de peixe é mencionado, onde uma dama teria perdido o seu enquanto navegava na companhia do rei e um sacerdote elabora uma magia para que as águas do Nilo se abrissem e ela pudesse recuperar o pequeno objeto, fruto de um presente real. Os peixes também são mostrados na arte egípcia, onde em diversas tumbas, como a do nobre Nebamun em Luxor, fragmentos de cerâmica ou gesso, em vasos e pratos, compõem os cenários naturais representados pelos antigos egípcios. Este objeto está na mostra de Longa Duração “Maat: Ordem e Equilíbrio no Antigo Egito”. Venha conhecer!

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Estátua de um Leão Sentado

Proveniência – Hierakompolis – Egito Período: Dinástico Arcaico – III Dinastia – c. 2250 a.C. O original encontra-se no Museu Ashmolean – Oxford – Grã-Bretanha. Confeccionada em terracota, foi encontrada dentro do recinto do templo do deus Hórus em Hierakompolis. O leão aparece representado sentado, sobre uma base oval. A cabeça é circundada por uma juba estilizada que atinge o peito. As patas apresentam detalhes mais realistas, como observado nos dedos e nas unhas. Junto com este artefato, fragmentos de outra estátua do mesmo animal foram localizadas e acredita-se que o par poderia guardar a entrada do templo local. Leões, falcões e touros foram animais associados ao poder divino e do rei podendo representar estes personagens em diferentes momentos e contextos dentro da arte egípcia. Um dos maiores exemplos é a Grande Esfinge de Gizé, cujo corpo é o de um leão e a cabeça é do faraó Khafra (Quéfren).

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