Ataúde dourado de Tutankhamon

Proveniência: Tumba do faraó Tutankhamon no Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Havia muitos objetos misteriosos dentro da tumba de Tutankhamon e este pode ser considerado um deles. Trata-se de uma série de pequenos esquifes colocados um dentro do outro, semelhante a uma boneca matrioska, e em todos havia toucados reais. Quando Carter abriu o primeiro ataúde exterior com forma de múmia, ele percebeu que havia outro caixão menor em seu interior que estava grudado no esquife exterior com unguentos endurecidos. Revestido com ouro, com os olhos e as sobrancelhas meticulosamente delineados com tinta preta, o segundo esquife representa o rei conforme está identifi­cado por uma inscrição com o seu nome. O corpo é protegido pela serpente e pelo abutre, ambos alados, enquanto os braços do faraó estão cruzados sobre o peito. Uma oração a Nut está inscrita abaixo dos braços e das asas, em uma faixa vertical ao longo do corpo do rei. Dentro desse esquife havia um menor de madeira lisa. O último e quarto esquife, minúsculo, continha uma mecha de cabelo castanho avermelhado. O cabelo deve ter sido uma herança de Tiye, esposa de Amenhotep III e avó do faraó.

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Estátua Votiva do Deus Toth com a Deusa Maat

Proveniência: Desconhecida Período: Desconhecido A original encontra-se no Museu Metropolitano de Arte – Nova York – EUA. Toth era o deus do calendário, da escrita e da sabedoria, sendo geralmente representado pelo pássaro íbis. Muitas vezes este deus poderia estar associado à Maat, deusa da justiça, da verdade e da ordenação cósmica. Essa estátua foi produzida como ex-voto em forma de agradecimento ou solicitação às divindades.

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Busto da rainha Nefertiti

Proveniência: Tell el-Amarna Reino Novo, XVIII Dinastia; c. 1340 a.C. O original encontra-se no Museu Egípcio – Berlim – Alemanha. Neferititi, cujo nome significa “a bela chegou”, foi Grande esposa do faraó Akhenaton e teve importância na estrutura organizada por seu marido na reforma religiosa e política realizada por ele. Pode, inclusive, ter atuado como sua co-regente no final de seu reinado. Esta é com certeza a sua representação mais famosa. Foi encontrada na cidade de Akhetaton (capital construída durante o reinado de seus marido), nas escavações da casa do escultor Tothmés, possivelmente o responsável por muitas representações da família real. O busto provavelmente serviu como modelo para as outras esculturas da rainha, isto foi sugerido devido à falta de seu olho esquerdo, que era incrustrado em esculturas como essa. A coroa que Nefertiti traz sobre sua cabeça só ocorre nas imagens dessa rainha, sendo uma característica específica de suas representações.

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Busto de estátua da rainha-faraó Hatshepsut

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. Este é o busto da rainha-faraó Hatshepsut. Devido a sua trajetória, este “título” é dado a ela para definir o período em que governou o Egito, apesar de nunca ter sido chamada dessa forma em vida. Como rainha, ela casou-se com seu meio-irmão, Tothmés II. Esta prática era definida para a família real devido ao mito de Isis e Osiris, em que os dois deuses se casaram e tiveram um filho, Hórus. Tothmés II e Hatshepsut tiveram uma filha, chamada Neferura, que mais tarde casou-se com um meio-irmão por parte de pai e viria a ser conhecido como Tothmés III. Quando Tothmés III contava com apenas três anos de idade, seu pai, Tothmés II, faleceu. Dessa maneira, ainda pequeno foi coroado como Rei do Alto e do Baixo Egito e contou com Hatshepsut como sua rainha regente. Conforme o tempo passava, Hatshepsut – que também era uma sacerdotisa (esposa do deus) – interpretou a vontade do deus Amon e passou cada vez mais a assumir os deveres de um faraó. Após 7 anos como regente, Hatshepsut passou a ser representada definitivamente como faraó, deixando de ser chamada como rainha e recebendo títulos e figuras da prerrogativa real: Rei do Alto e do Baixo Egito e Senhor das Duas Terras. As roupagens também foram atribuídas como as coroas das Duas Terras, o saiote, o cetro e o mangal e a barba, como neste busto.

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Arco recurvo de Tutankhamon

🔸 Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. 🔸 O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Este é um dos arcos recurvos que foram encontrados na tumba do faraó Tutankhamon em 1922 pela equipe de escavação de Howard Carter. O arco recurvo é caracterizado por ter um formato de “S” e, devido ao fato de não possuir nenhum tipo adicional de sistema de retesamento, depende exclusivamente da força aplicada entre o usuário e a resistência do material de sua produção. No caso deste arco, podemos observar que ele foi produzido com partes separadas que permitem uma maior força na hora de soltar a flecha. Arcos tradicionais como este também era produzidos com madeira, osso ou marfim. Para o faraó Tutankhamon, existem inscrições com seu nome e seus títulos que foram incrustados no objeto.

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Estátua da deusa Sekhmet

Original encontra-se no Templo de Ptah, em Karnak – Luxor. Deusa representada com corpo feminino, cabeça de leoa e com um disco solar sobre a cabeça, segura na mão direita o ankh, símbolo da vida. Seu nome significa “poderosa”. Assim como a leoa era temida, Sekhmet personificava força e destruição, tanto que os faraós a invocavam em períodos de campanha militar, para serem temidos como ela, afastando assim o inimigo do Egito e mantendo Maat. Sekhmet era ambivalente, pois ao mesmo tempo que podia trazer a doença, magicamente era responsável pela cura e proteção, neutralizando as forças maléficas. Por conta disso era a patrona da medicina.

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A carruagem de batalha de Tutankhamon

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis, Luxor – Egito. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito Esta é uma das carruagens que pertenceram ao rei Tutankhamon. Tal veículo foi introduzido no Egito Antigo, bem como os cavalos, durante o Segundo Período Intermediário (1640-1550 a.C.) durante a invasão dos Heqa Khasut ou Hicsos (povos estrangeiros). Alguns desses carros podiam ser usados em batalhas, caçadas ou em funções ou cerimônias oficiais. A carruagem em nosso acervo é cerimonial. Produzida em madeira e folheada a ouro, ela possui uma decoração espiralada, o que demonstra as trocas culturais entre os povos com origem na Ásia Menor e motivos egípcios antigos. Na imagem central da carruagem, podemos identificar a figura de Rá-Horakhty, o deus sol em formato de falcão com suas asas abertas. Abaixo dele há três cartuchos protegidos pelas deusas Nekhbet e Wadjet, do Alto e do Baixo Egito, em formato de serpentes pelas laterais. Dentro desses cartuchos podemos identificar os nomes de nascimento e de trono do rei, Tutankhamon Nebkheperura, e o nome da rainha, Ankhsenamon. Abaixo dos cartuchos, encontramos dois pássaros sobre um cesto. O pássaro quer dizer “povo comum” e o cesto a palavra “todo”. Entre eles, temos os hieróglifos ankh (vida) e djet (estabilidade) também acima do hieróglifo do cesto. Os pássaros “possuem” braços estilizados que estão em posição de oferenda. Dessa forma, podemos compreender a imagem da seguinte forma “Todo o povo comum oferece toda a vida e estabilidade”. Na cena inferior, o hieróglifo Sema Tawy que representa a “união entre as Duas Terras” do Alto e do Baixo Egito, a qual o rei governa, aprisiona os inimigos dos egípcios, como núbios, líbios e asiáticos. Ao total, foram localizadas seis carruagens desmontadas, porém completas, na tumba de Tutankhamon e distribuídas entre a antecâmara e a sala do tesouro.

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Estela do asiático bebendo cerveja

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1353 a.C a 1335 a.C Proveniência: Tell el-Amarna – Egito. O original encontra-se no Museu Egípcio de Berlim – Berlim – Alemanha. Produzida em calcário com o tamanho 29 x 23 cm, a estela representa o casal de sírios composto pelo soldado Terura e pela esposa Arbura. A cena reproduzida é doméstica e cotidiana, típica da época da reforma amarniana. Diferente de outras estelas, o artefato não é de uso funerário, pois teria um local específico no ambiente da casa de seus proprietários. Terura pode ser observado sentado em uma cadeira, ingerindo uma bebida através de um canudo feito de chumbo, comum na região do Egito e da Ásia Menor. Nos hieróglifos encontramos a frase “beber cerveja”, porém, o tipo de vaso representado era destinado a vinhos – com suporte alto e decoração floral. As vestes e armamentos de Terura demonstram sua origem síria e função (soldado). Mercenários sírios foram incorporados às forças egípcias em grande quantidade durante o período, o que indica o motivo de Terura servir ao país do Nilo. Quanto à Arbura, foi retratada como uma dama egípcia, igualmente sentada. Apesar disso, seu nome identifica sua origem síria. O casal é um exemplo de como estrangeiros poderiam ser aceitos na sociedade egípcia e, inclusive, passar pelo processo da egipcianização, aderindo aos costumes locais (um egípcio também poderia ser integrado em sociedades estrangeiras, como ocorre na obra literária “O conto de Sanehet”). Há uma terceira personagem na estela, possivelmente um mordomo, que serve e auxilia Terura a consumir a bebida armazenada no vaso.

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Estátua de Tutankhamon – O rei como arpoador

Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. Proveniência: Tumba KV62 – Vale dos Reis – Luxor – Egito. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Esta estátua demonstra Tutankhamon em pé sobre uma jangada de papiro. Ele utiliza a coroa vermelha do Baixo Egito e sua pose o demonstra erguendo o seu braço direito, prestes a atacar com um arpão, e o esquerdo segurando um pedaço de corda. Dessa forma, esta pose é chamada de canônica, pois sempre aparece na arte egípcia, principalmente em pinturas e relevos – aqui podemos observar em forma de estátua. Ela faz alusão a caça ou dominação ao inimigo, onde o rei assume a forma do deus Hórus que luta contra Set (no formato de um hipopótamo) ou, ainda, combatendo as forças caóticas e da destruição no Outro Mundo.

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Máscara de Anúbis

Proveniência: desconhecido. Período: Terceiro Período Intermediário – XXI Dinastia – 1070-712 a.C. O original encontra-se no Museu do Louvre – Paris – França. Anúbis, o deus da mumificação e da proteção das tumbas, aparece nas imagens dos sepulcros e nos objetos funerários na forma de um chacal deitado ou como homem com cabeça de chacal. A máscara confeccionada em madeira estucada e policromada, possui decoração com flor de lótus e detalhes, como os dentes canídeos, para representar a face de Anúbis. Durante as cerimônias ligadas à mumificação, como a Abertura da Boca e dos Olhos, era importante que houvesse um sacerdote que utilizasse a máscara a fim de simular a presença do deus no local.

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