Há 25 anos Tothmea chegava ao Museu Egípcio e Rosacruz. Depois de habitar muitos endereços nos Estados Unidos, essa egípcia, que possivelmente morreu entre 25 e 30 anos de idade, passou a ocupar uma tumba preparada especialmente para ela.Em 1997 iniciava o “Projeto Tothmea”. Em andamento até hoje, é coordenado pelo Arqueólogo Moacir Elias Santos, que em parceria com o Museu Egípcio realizou uma tomografia axial computadorizada que revelou o conteúdo de seu tórax e crânio. Esse exame ajuda a compreender o processo de mumificação realizado pelos egípcios, já que foi possível observar que ela tem dois rolos de linho preenchendo sua cavidade torácica e resina no crânio.O projeto também revelou a história de Tothmea desde sua descoberta, que ocorreu na segunda metade do século XIX, em Luxor. Por quase 100 anos sua residência foi os Estados Unidos, pois foi dada de presente a um secretário norte-americano chamado Sulivan Cox. Em seu primeiro endereço naquele país, a cidade de Round Lake, foi apresentada a população em um auditório e teve grande parte de suas faixas de tecido removidas. A única informação que temos a seu respeito, é a de que foi uma “servidora de Isis”, dado que se encontrava em seu ataúde, hoje perdido.Quando chegou à Curitiba tinha a face quebrada, fato ocorrido ainda nos Estados Unidos, entre as décadas de 1940 e 1970, pois viajou para muitos lugares por lá. Seu rosto foi reconstruído pelo Prof. Moacir como parte do projeto. Isso possibilitou que fossem realizadas duas versões de sua face em 3D, a partir da aproximação facial forense elaborada por Cícero Moraes. Atualmente quem visita o Museu Egípcio e Rosacruz pode conhecer a última versão organizada em 2019, além de sua nova tumba inaugurada em 2014. Tothmea é a possibilidade que temos de nos aproximar um pouquinho do Egito Antigo. Ao observá-la nos indagamos sobre como teria sido sua vida no tempo dos faraós e a importância da crença na vida além-túmulo desenvolvida pelos egípcios antigos. O Museu Egípcio e Rosacruz está feliz em dividir com seus visitantes esta data comemorativa e a possibilidade que Tothmea nos dá em divulgar a antiga cultura egípcia.