Estátua Colossal do faraó Amenhotep IV – Akhenaton

Período: Novo Reino – XVIII Dinastia – 1550 a.C a 1070 a.C. Proveniência: Templo de Aton em Karnak – Luxor – Egito. O original encontra-se no Museu Nacional Egípcio – Cairo – Egito. Amenhotep IV foi um dos últimos governantes da XVIII Dinastia. Esta estátua colossal foi localizada no Templo de Karnak, fazendo parte de um conjunto com outras três. A partir do 2º ano de reinado, Amenhotep IV iniciou o culto ao deus Aton, divindade representada pela esfera solar. Porém, no 5º ano abandonou os demais cultos, deuses, templos e, inclusive, a capital Tebas, se mudando junto com seu séquito para onde hoje é o sítio arqueológico de Tell el-Amarna, a antiga cidade de Akhetaton (Horizonte de Aton). Apesar dos abandonos de construções, cultos e localidades, a arte, a arquitetura e a escrita tiveram grande salto evolutivo em suas formas plásticas, permitindo novos usos e elementos. Esta obra demonstra Amenhotep IV com a face alongada, característica própria da arte do período, portando as coroas do Alto e do Baixo Egito, pertencentes ao sul e ao norte, o toucado nemes com a proteção da deusa serpente Uraeus, divindade protetora, a barba real e o cetro Heqa, relacionado ao poder do governante.

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Amuleto Ib

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – Vale dos Reis – Egito Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. A original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Na mitologia egípcia o coração era a sede da consciência humana. Segundo a crença na vida além-túmulo, para que o falecido tivesse o direito de viver eternamente seria necessário demonstrar que não atuou contra a moral divina e social, ou seja, Maat. Para garantir que o coração não se voltasse contra seu dono era comum, durante o processo de mumificação, colocar um amuleto do coração, chamado ib, entre as faixas de tecido. Muitas vezes este amuleto era gravado com parte de encantamentos do Livro dos Mortos ou, como neste exemplar, um pássaro íbis que representa Toth, deus da sabedoria. Este pertenceu ao faraó Tutankhamon e pode ser visto na exposição “O rei menino de ouro: Tutankhamon”.

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A Deusa Bastet

Bastet, geralmente representada como uma gata ou com o corpo humano e a cabeça felina, era filha do deus sol, Rá. Inicialmente era representada como uma leoa e, foi somente a partir do primeiro milênio antes de Cristo que seu aspecto como gato tornou-se mais comum. Uma das interpretações para esta questão é a relação com Rá, quando este assumia a forma de um gato para lutar contra a serpente Apep, que sempre tentava destruir a humanidade. A associação de Bastet com o gato condiz também com o período em que a interpretação sobre a divindade se tornou mais pacífica e de que ela poderia ser abordada e acariciada sem medo. Nos textos mais antigos, como o Texto das Pirâmides, do Reino Antigo, foi referenciada como protetora da realeza, ajudando também a proteger o rei na guerra. A principal região de culto era per-Bastet, chamada de Bubastis pelos gregos, na região norte, no Delta do Egito. Lá, segundo Heródoto, ocorria anualmente uma grande festividade em honra da deusa. Além das estátuas de bronze nota-se a importância do culto à Bastet a partir das inúmeras múmias de gato que foram encontradas não apenas em Bubastis, mas em outras regiões do Egito e que demonstram a importância do culto a esta deusa pelos egípcios antigos.

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A Deusa Sekhmet

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – Vale dos Reis – Egito Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. A original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Entre os deuses encontrados na tumba de Tutankhamon está esta linda estátua da deusa Sekhmet, uma das deusas mais representativas do Egito Antigo. Ela é feita de madeira dourada que foi, depois, engessada. Sobre a cabeça da estátua há um disco solar; que a relaciona ao deus Sol – Rá. A figura de Sekhmet era associada a uma leoa devido aos seus instintos maternais e ao seu poder destrutivo. Ela foi descoberta embrulhada em um pedaço de linho ostentando uma inscrição hierática que menciona o deus Aton e usando uma coroa de flores ao redor de seu pescoço. Essa estátua e outras podem ser apreciadas na exposição “O rei menino de ouro: Tutankhamon”.

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Sandálias do faraó Tutankhamon

Proveniência: Tumba de Tutankhamon – Vale dos Reis – Egito Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550 – 1307 a.C. A original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Dentre os diversos pares de sandálias encontradas na tumba de Tutankhamon este se destaca pela sua decoração, feita com folha de ouro pintada. Em ambas aparecem as figuras amarradas de dois inimigos tradicionais dos egípcios: núbios e asiáticos. Os personagens são individualizados, através das feições e cortes de cabelo, mas usam vestimentas semelhantes. Seus arcos completam o espaço restante da composição. A posição destas figuras neste par de sandálias não é obra do acaso, foi concebida para que os inimigos do faraó estivessem literalmente sob seus pés.

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Busto da rainha Nefertiti

Proveniência: Ateliê do escultor Tothmés – Egito. Período: Reino Novo – XVIII dinastia – 1353-1335 a.C. O original encontra-se no Museu Egípcio de Berlim – Berlim – Alemanha. Nefertiti foi Grande esposa do faraó Akhenaton e teve papel atuante nas mudanças organizadas pelo seu marido. Esta, que é a representação mais famosa da rainha, foi feita em calcário e algumas partes reforçadas em gesso. A coroa utilizada por Nefertiti é característica única nas representações da arte egípcia. Usa ainda um belo colar de motivo floral. A serpente na fronte perdeu-se. Acredita-se que era um modelo utilizado pelo escultor Tothmés para as representações da rainha, possivelmente por isso a escultura não teria sido finalizada.

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Colar do faraó Tutankhamon em forma de Nekhbet e Uraeus

Proveniência: Tumba do faraó Tutankhamon no Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: Reino Novo – XVIII Dinastia – 1550-1307 a.C. O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Os faraós possuíam cinco nomes, os quais serviam para que fosse legitimado no trono do Egito. Um desses nomes era o de Nebty ou “Das Duas Senhoras”. Este nome fazia referência às deusas Nekhbet, em forma de Abutre, e Wadjet, em forma de Serpente. Nekhbet era padroeira e proveniente da cidade de El-Kab, no Alto Egito. Ali, seu culto tomou proeminência logo no início da civilização egípcia, se tornando “nacional” nos primeiros reinados egípcios. Wadjet, ou Uraeus, é a deusa da cidade de Buto, no Baixo Egito. O culto, assim como o de Nekhbet, também se tornou proeminente nos períodos iniciais. Dessa forma, ambas as deusas passaram a representar não apenas as cidades, mas toda a região a que estavam atreladas e ao poder e pessoa do rei. Neste colar, ricamente decorado com metais e pedras preciosas, Nekhbet e Wadjet foram reproduzidos de forma a demonstrar que o rei era apoiado pelas deusas, ao mesmo tempo que demonstra seu nome de Nebty. (Das Duas Senhoras).

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Andor com Anúbis

Proveniência: Vale dos Reis – Luxor – Egito. Período: 1550 – 1307 a.C. – XVIII Dinastia – Reino Novo O original encontra-se no Grande Museu Egípcio – Gizé – Egito. Produzida em madeira e recoberta com gesso e folha ouro, este conjunto foi encontrado dentro da tumba do faraó Tutankhamon em 1922. A figura demonstra Anúbis, o deus da mumificação, em forma de um chacal do deserto que repousa sobre um santuário com os símbolos hieroglíficos Tyt e Djet, respectivamente oferecendo proteção pelo “Nó de Isis” e “estabilidade” pela coluna de Osíris. A natureza de Anúbis pode ser compreendida a partir de sua evolução na arte e práticas funerárias dos egípcios antigos. A escolha do chacal para representar Anúbis tem relação com seu habitat natural nas áreas desérticas e primeiros enterramentos por parte dos egípcios, logo no início do período pré-dinástico (5000-3000 a.C.). A partir daí a crença na mumificação, a viagem da alma até o Outro Mundo (oeste) e seu julgamento passaram a evoluir, se tornando cada vez mais complexas. Dessa forma, Anúbis foi uma divindade popular do início ao fim da civilização egípcia, ganhando diversos títulos como o de “khehty sekh Netjer” ou “o que preside sobre o pavilhão divino” – basicamente, quando olhamos para este grupo de esculturas, vemos este título, o que nos permite lembrar que a arte egípcia pode ser lida. Os dois elementos são encaixados sobre um terceiro em forma de padiola para permitir a realização de procissões.

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O Ka de Tutankhamon em Granito

Encontrada dentro do Templo de Amon (em Karnak) esta estátua de Tutankhamon em granito tinha as dimensões reais do faraó. Ela foi descoberta juntamente com uma segunda imagem quase idêntica a ela, e estas duas estátuas podem ter ­ladeado um portal dentro do templo. Apesar de não terem sido encontradas na tumba, os cartuchos ilustrados no pilar do fundo identificam o governante da XVIII dinastia. Tutankhamon tem na cabeça o toucado nemes e, sobre este, um uraeus (símbolo da soberania e divindade no Egito Antigo). Em uma pose típica da realeza masculina, ele está adornado com um saiote masculino até o joelho com um painel frontal engomado na forma de um trapézio sobre o qual ele repousa as suas mãos em um gesto de adoração. O jovem rei está com suas sandálias, e seus pés estão colocados diretamente em cima de nove arcos que representam os inimigos do Egito, os quais ele precisaria derrotar para preservar Maat (“verdade e ordem”), mantendo, ao mesmo, tempo Isfet (“caos”) à distância. Entre suas pernas também é possível ver a cauda do touro divino, um símbolo da virilidade do faraó. A estátua tem elementos que pertencem à iconografia do período de Amarna, notadamente as orelhas furadas, a cintura pequena e a barriga levemente ­saliente. Em uma das três inscrições, esculpida no pilar detrás da estátua, lê-se: “O deus perfeito, que fundou Tebas, que aprovou leis perfeitas, e que preserva Maat; Senhor das Duas Terras, Nebkheperura, ­filho de Ra, Senhor das Aparências, Tutankhamon, bem-amado de Amon-Rá, o rei dos deuses.”

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Fragmento de sarcófago externo de Pakherenkhonsu

Proveniência: Tumba MMA 832 H3, poço 1 – Enterramento de Pakherenkhonsu – El-Khokha – Luxor – Egito. Período: Terceiro Período Intermediário – XXV Dinastia – 1070 – 712 a.C. O original encontra-se no Museu Metropolitano de Arte – Nova York – EUA. Produzido em madeira com acabamento em estuque e pintura, o sarcófago externo do Porteiro de Amon, Pakherenkhonsu, foi encontrado completamente fragmentado. Na pintura, vemos a deusa do Oeste que abre as suas asas para proteger o morto a partir de sua cabeça, área de onde pertence este fragmento. Nas tumbas egípcias, as múmias eram armazenadas de acordo com a posição geográfica, sendo a cabeça para o Oeste e os pés para o Leste. Assim, toda a decoração deveria ser lida de Leste para o Oeste, interpretando a viagem até o Outro Mundo.

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