Bastet, geralmente representada como uma gata ou com o corpo humano e a cabeça felina, era filha do deus sol, Rá. Inicialmente era representada como uma leoa e, foi somente a partir do primeiro milênio antes de Cristo que seu aspecto como gato tornou-se mais comum. Uma das interpretações para esta questão é a relação com Rá, quando este assumia a forma de um gato para lutar contra a serpente Apep, que sempre tentava destruir a humanidade. A associação de Bastet com o gato condiz também com o período em que a interpretação sobre a divindade se tornou mais pacífica e de que ela poderia ser abordada e acariciada sem medo. Nos textos mais antigos, como o Texto das Pirâmides, do Reino Antigo, foi referenciada como protetora da realeza, ajudando também a proteger o rei na guerra. A principal região de culto era per-Bastet, chamada de Bubastis pelos gregos, na região norte, no Delta do Egito. Lá, segundo Heródoto, ocorria anualmente uma grande festividade em honra da deusa. Além das estátuas de bronze nota-se a importância do culto à Bastet a partir das inúmeras múmias de gato que foram encontradas não apenas em Bubastis, mas em outras regiões do Egito e que demonstram a importância do culto a esta deusa pelos egípcios antigos.