Emanoel Barbieri Januário – monitor do Museu Egípcio e Rosacruz Tutankhamon
O Reino Novo teve início com a expulsão dos hicsos, finalizada por Ahmés I, o primeiro rei da XVIII dinastia. O Reino Novo é repleto de faraós de grande importância para a história do antigo Egito, tendo vários exemplos de líderes militares, que permitiram evoluções culturais e arquitetônicas.
Um exemplo de rei conquistador foi Tothmés I (1504-1492 a.C) que expandiu e anexou novos territórios, batalhando, por exemplo, contra o povo Mitani. Regiões muito importantes para o Egito como a Síria, a Palestina e a Núbia, eram mantidas sobre o controle egípcio por serem localidades associadas ao comércio e à economia, principalmente a última, já que grande parte do ouro que circulava em terras egípcias provinha daquela localidade.
É também no Reino Novo que o clero começou a se expandir, se tornando peça chave durante o período. No reinado de Tothmés III, os vizires (conselheiros do rei) ganharam um documento que ditava suas funções, intitulado de “Os deveres do vizir”, sendo eles os responsáveis por assuntos religiosos e civis, como o recolhimento e a guarda dos impostos.
Um momento interessante da história do antigo Egito, é o reinado de Amenhotep IV (1353-1335 a.C). O governante se declarou único sacerdote do deus sol – Aton – e removeu o culto aos outros deuses. Ele mudou o próprio nome para Akhenaton, que significa “Aquele que é útil a Aton”.
Outro faraó que podemos mencionar é Ramsés II (1290-1224 a.C). Ele conquistou um momento de paz crucial para o Egito, durando aproximadamente 50 anos. Essa paz foi instaurada em seu governo a partir do ano 21 de seu reinado e, como ele viveu por muito tempo, seus feitos foram amplamente registrados. Ramsés II viveu tanto que somente seu 13° filho conseguiu o suceder no trono do Egito.
Após a morte de Ramsés II, o Egito começou a ter uma leve decadência do poder faraônico. Apenas os três próximos sucessores conseguiram manter a relativa estabilidade do país. Após um período de 90 anos, o Egito já estava muito fragmentado, pois os sacerdotes disputavam o poder com os reis, assim iniciou-se o Terceiro Período Intermediário.
1.Cabeça de Amósis I. Reino Novo. 18° Dinastia. 1550-1525 a.C.
2. Harpa Curva (Harpa de ombro). Reino Novo. 18° Dinastia. 1390-1295 a.C
3.Akhenaton sacrificando um pato. Reino Novo, Período Amarniano. 18° Dinastia.
1353-1336 a.C.
4. Estátua cubo de Bay. Reino Novo. 19° Dinastia. 1294-1250 a.C.
The Metropolitan Museum of Art. 1353-1336 a.C.
5. Batente de porta de um templo de Ramsés II. Reino Novo. 19° Dinastia. 1279-1213 a.C.
The Metropolitan Museum of Art.
Referências:
BAINES, John. MÁLEK, Jaromír. A Civilização Egípcia. Coleção Grandes civilizações do passado. Barcelona: Ediciones Folio, 2008.
DESPLANCQUES, Sophie. Egito Antigo. 1° edição, L&PM Pocket Encyclopaedia, 2009.
BRANCAGLION, Antônio. Quadro Cronológico: Lista de Reis. Seshat, Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional, UFRJ.
Referências de imagens:
- Cabeça de Amósis I. Reino Novo. 18° Dinastia. 1550-1525 a.C. The Metropolitan Museum of Art. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/547950.
- Harpa Curva (Harpa de ombro). Reino Novo. 18° Dinastia. 1390-1295 a.C. The Metropolitan Museum of Art. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/546194.
- Akhenaton sacrificando um pato. Reino Novo, Período Amarniano. 18° Dinastia. 1353-1336 a.C. The Metropolitan Museum of Art. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/544056.
- Estátua cubo de Bay. Reino Novo. 19° Dinastia. 1294-1250 a.C. The Metropolitan Museum of Art. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/554769.
- Batente de porta de um templo de Ramsés II. Reino Novo. 19° Dinastia. 1279-1213 a.C. The Metropolitan Museum of Art. https://www.metmuseum.org/art/collection/search/544718